segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Marcha contra aborto reúne três mil pessoas em Brasília

Ronaldo da Silva
Brasília (DF)

A Marcha Nacional da Cidadania pela Vida liderada pelo Movimento Brasil Sem Aborto, reuniu cerca de três mil pessoas, neste domingo, 30, em Brasília (DF). Depois de percorrer cinco quilômetros ao som de três trios elétricos, o ponto culminante do evento foi na Esplanada dos Ministérios com um show da cantora Elba Ramalho. Seguidores de várias religiões, artistas, juristas, jornalistas e simpatizantes da causa vieram de vários estados como São Paulo e Goiás. Um dos organizadores da caminhada, Jaime Ferreira Lopes, acredita que o aborto é a "matriz mais forte" de todos os tipos de violência, por isso a necessidade de manifestações coletivas contra a prática.A marcha se tornou também um ato de protesto contra o governo federal que boicotou a verba de patrocínio do evento depois ter sido liberada e depositada em conta. Na última sexta-feira, o Ministério da Cultura suspendeu o repasse de R$ 113 mil alegando que houve "omissão de informação na apresentação do projeto", pois não deixou claro que a marcha se tratava de uma manifestação contra o aborto.A organização do evento se defendeu afirmando que o projeto estava claro ao propor ações culturais em defesa da vida, além de ter sido aprovado sob os aspectos técnicos e jurídicos pelo mesmo Ministério da Cultura. Na avaliação do Movimento Brasil sem Aborto, a suspensão do patrocínio foi cerceamento da liberdade de expressão e demonstrou parcialidade do governo em relação ao tema. Eles lembraram que em 2008 um filme pró-aborto, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi financiado com verba pública.Elba Ramalho começou o show cantando a Oração de São Francisco. Apesar de já ter praticado aborto, a cantora se tornou engajada na campanha e diz que hoje não abortaria mais, defendendo a vida em todas as circunstâncias. Elba teve sua participação questionada no evento por grupos feministas, mas disse que o maior equívoco que a sociedade pode cometer é aprovar o aborto. "Vim colocar minha assinatura nesta luta. Sou católica praticante de comunhão e Missa frequente e se tiverem que me metralhar neste palco morrerei feliz, mas não mudo minha opinião", declarou. A cantora revelou ainda que o próprio ministro da Cultura, Juca Ferreira, telefonou para ela antes de cancelar a verba do evento, explicando que ele próprio é contra o aborto, mas recebeu orientação para não apoiar a manifestação. "Eu disse a ele que não concordava com essa atitude do governo e que isso era censura à livre manifestação". E concluiu: "Infelizmente, estamos neste fim dos tempos percebendo que seremos cada vez mais perseguidos por nossas posições que defendem os valores. O mundo está cada vez mais dominado por forças estranhas". O protesto buscou mobilizar a sociedade contra projetos que tramitam no Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) visando a legalização do aborto no país.

FONTE: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=273776

Reconhecido cientista assegura: Papa tinha razão sobre a AIDS

26.08.2009 - Declaração de Edward Green, diretor do Aids Prevention Research Project de
Harvard

O diretor do Aids Prevention Research Project da Harvard School of Public Health, Edward Green, assegurou que na polêmica sobre a Aids e o preservativo Bento XVI tinha razão.
Ao intervir no “Meeting pela amizade entre os povos” de Rímini o cientista, considerado como um dos máximos especialistas na matéria, confessou que “lhe chamou a atenção como cientista a proximidade entre o que o Papa disse no mês de março passado no Camarões e os resultados das descobertas científicas mais recentes”.
“O preservativo não detém a Aids. Só um comportamento sexual responsável pode fazer frente à pandemia”, destacou.
“Quando Bento XVI afirmou que na África se deviam adotar comportamentos sexuais diferentes porque confiar só nos preservativos não serve para lutar contra a Aids, a imprensa internacional se escandalizou”, continuou constatando.
Na realidade o Papa disse a verdade, insistiu: “o preservativo pode funcionar para indivíduos particulares, mas não servirá para fazer frente à situação de um continente”.
“Propor como prevenção o uso regular do preservativo na África pode ter o efeito contrário – acrescentou Green. Chama-se ‘risco de compensação’, sente-se protegido e se expõe mais”.
“Por que não se tentou mudar os costumes das pessoas? – perguntou o cientista norte-americano. A indústria mundial tardou muitos anos em compreender que as medidas de caráter técnico e médico não servem para resolver o problema”.
Green destacou o êxito que tiveram as políticas de luta contra a Aids que se aplicaram em Uganda, baseadas na estratégia sintetizada nas iniciais “ABC” por seu significado em inglês: “abstinência”, “fidelidade”, e como último recurso, o “preservativo”.
“No caso da Uganda – informou – se obteve um resultado impressionante na luta contra a Aids. O presidente soube dizer a verdade a seu povo, aos jovens que em certas ocasiões é necessário um pouco de sacrifício, abstinência e fidelidade. O resultado foi formidável”.

Fonte: www.zenit.org

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A FABULOSA FÉ DOS ATEUS

Por PADRE FRANCISCO FAUS

Os adoradores do Acaso

Poucas coisas me admiram mais, neste mundo, do que a assombrosa fé dos ateus.
Eles não acreditam em Deus, mas acreditam cegamente no Acaso. Se você lhes perguntar: “Como surgiu o mundo? Como apareceu a vida? Como se processaram as coisas para que se desse algo de tão extraordinariamente complexo, preciso, ordenado e fantástico como é o organismo de um besouro ou de uma gazela? Como se produziu a maravilha extasiante de um olho: o cristalino, a córnea, a retina, a íris, o seu funcionamento harmônico em precisa conexão com o sistema nervoso, com o cérebro, com o sistema circulatório...?”, invariavelmente o ateu responderá: “Foi por Acaso”. Você pode perguntar: “Um acaso só?” Ele sorrirá com ar de suficiência e esclarecerá, como se segredasse a sabedoria aos ignorantes: “Milhões, milhões de Acasos, meu amigo, ao longo de milhões de anos”. E a palavra milhões — que não explica, sozinha, absolutamente nada — o deixará perfeitamente satisfeito, como se fosse a explicação genial, “racional” e completa de toda a questão.
No entanto, os que se têm dado ao trabalho de analisar cientificamente as possibilidades de que apenas duas dúzias desses milhões de acasos se produzissem, chegam à conclusão de que, pelo cálculo de probabilidades, essa conjunção de eventos fortuitos, perfeitamente concatenados, é tão improvável que, na prática, fica sendo impossível. Não há probabilidade alguma que consiga explicar satisfatoriamente como, do nada, possa surgir algo; ou que, da matéria inerte — numa cadeia de mirabolantes casualidades — venham a brotar a paineira, a onça, o dourado e o gavião.
E, já que falamos em bichos, talvez o leitor ache interessante uma afirmação feita por um cientista da NASA, altamente qualificado nesses assuntos. É muito mais provável — dizia este professor — que uma lagartixa, um camundongo e um pardal façam por acaso (só passeando, arrastando e deixando à toa pedacinhos de metal, areia, etc.) um computador de última geração, do que o pretenso surgimento do universo — desde as galáxias até às borboletas — sem que tenha havido como causa de tudo uma Inteligência suprema, criadora, ordenadora e providente, ou seja, sem Deus.
Só pelo raciocínio, sem necessidade de fé, grandes filósofos pagãos como Platão e Aristóteles — insuperados em muitas das suas idéias — chegaram à conclusão de que o mundo postula, racionalmente, a existência de um Criador, que é pura Inteligência e puro Poder. Qualquer cristão bem formado sabe, de fato, que não precisa da fé para chegar ao conhecimento da existência de Deus e dos seus atributos (inteligência, poder, bondade, etc.), porque, para isso, basta a razão. Aqueles que o ateu julga “crédulos”, neste ponto são muito mais racionais do que ele.

Qual é a pauta da “vida boa”?

O que acabamos de considerar tem enorme importância quando se pensa na qualidade moral da nossa vida. Quando e por que podemos dizer que agimos bem ou que agimos mal? Quando se pode afirmar que fizemos o certo ou que fizemos o errado? Há, por acaso, algum princípio, algum valor seguro, alguma pauta clara que permita avaliar a bondade ou a malícia dos nossos pensamentos, palavras e ações?
Talvez alguém diga: “Sim, a pauta é a nossa consciência”. Quem diz isso está afirmando que o que fazemos de acordo com o que a nossa consciência sente é bom, e o que fazemos contra a voz íntima da consciência é errado.
A resposta parece boa —e está certa, sem dúvida, a segunda parte —, mas talvez não reparemos que dizer que é bom o que fazemos de acordo com a nossa consciência — sem mais — é uma afirmação equivalente a dizer que termos olhos é sempre o meio certo para enxergar a estrada que devemos seguir com o carro, ou com os nossos pés. De acordo com isso, se perguntarmos: “Há algo que nos permita afirmar se o dia é claro ou escuro, se perto de nós há gente ou não, se pela rua vem vindo carros, se alguém nos aponta uma arma?”, a resposta deverá ser sempre: “Sim, a nossa vista”.
Só que essa resposta, enunciada de maneira tão simplista, é uma estupidez. Todos sabemos que a vista pode ser boa ou má, sadia ou doente, nítida ou confusa, ou até cega e nula. Uma má vista pode confundir uma janela do vigésimo andar com a porta de acesso à escada do prédio e levar a pessoa de boa fé a despencar e morrer. Exatamente a mesma coisa acontece com a consciência. Em princípio, poderia e deveria enxergar o bem, o justo, o certo, mas para isso precisaria estar sadia, e não moralmente doente. Infelizmente, a consciência não é Deus, nem é uma voz pura e infalível (por exemplo, Hitler, Goering e Goebbels acreditavam firmemente que a monstruosidade de eliminar os judeus era um dever de consciência para o bem do mundo; e em consequência, enchiam de vítimas as câmaras de gás, seguindo fielmente essa sua “consciência” desvairada) . Tal como a vista, é evidente que a consciência pode estar doente, gravemente doente, e ter, então, erros fatais de avaliação e, portanto, de conduta moral.
Não nos esqueçamos de que, afinal, a consciência é um juiz, que avalia uma decisão a tomar, uma conduta, uma omissão, e diz: “Isto está certo”, “Isto não tem nada demais”, “Isto está errado”. Mas, nesta avaliação, o que é absolutamente decisivo é saber qual é o referencial, a “norma de valor” que permite julgar o certo e o errado. Por que você diz “isto está certo”? Com base em quê? Há ou não há “valores”, “verdades” morais que iluminem sem erro a nossa consciência? Há valores que permitam dizer, com lucidez e segurança: “Isto está bem, isto está mal”? Há, enfim, normas que sinalizem e balizem sem engano o caminho da vida, da “vida boa”, certa e honesta?
Nesta matéria, tudo depende da posição que se adote. Se é a dos que só acreditam no Acaso, a “pauta”, a “norma” moral terá umas características (ou nenhuma, como veremos); se é a dos que sabem que existe um Deus criador e ordenador do universo, terá outras.Tudo é permitido?
Justamente pela relação que tem com este assunto, vem a propósito lembrar um bem conhecido episódio do romance de Dostoievski, Os Irmãos Karamázovi. Os três irmãos estão no centro do enredo, juntamente com um criado do pai, filho bastardo deste e, portanto, meio-irmão dos três. O intelectual da família, Ivã Karamazov, repete filosoficamente a famosa frase: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Essas palavras gravam-se na mente doentia e descrente do meio-irmão, Smerdiákov, e levam-no a assassinar, por ódio e cobiça, o pai. No final do romance, o parricida justifica-se cinicamente perante Ivã, dizendo que nada mais fez do que aplicar a filosofia deste: dado que para ele — ateu como Ivã — Deus não existia, nada o impedia, moralmente falando, de matar o pai.
E não deixava de ter a sua razão. Com efeito, se Deus não existe, se tudo apareceu por uma conjunção fortuita de acasos, se não passamos todos do resultado de muitas cegas coincidências sem sentido nem orientação, se somos apenas matéria que, por mera ciranda de casualidades, deu de ter dois braços, duas pernas, dois olhos e a capacidade de ser consciente — se as coisas são mesmo assim, então, que sentido tem falar do bem, do mal e dos valores morais? Esses pedaços de matéria pensante que seríamos nós, jogados sem nenhuma explicação nem finalidade sobre a terra, por que haveriam de ter mais lei do que a da bruta matéria sem alma, por que não se ocupariam exclusivamente, com feroz voracidade, de aproveitar-se ao máximo de tudo, e de defender-se ao máximo de tudo e de todos os que incomodassem?

Sem lei nem rei

É impossível falar em bem e mal, em verdades morais que sejam normativas, em valores válidos e estáveis num mundo assim; isso seria tão absurdo como falar da rota certa de um barco que não tem rumo predeterminado, nem bússola, nem carta de navegação, e se limita a rodopiar loucamente no centro de um redemoinho. Se não se admite a existência de Deus criador, não há modo de encontrar uma base sólida, um fundamento firme para uma lei moral digna de ser tomada em consideração pela nossa consciência. E, realmente, até agora, todas as tentativas de elaborar uma ética sem Deus têm sido falhas. Quando muito, o ateu pode chegar a “fabricar” uma moral de puras convenções, de acordos passageiros e arranjos circunstanciais, mas essa “moral” não tem referenciais claros que delimitem a fronteira entre o bem e o mal; então, torna-se uma farsa e, no meio dessa comédia, a consciência não passa de uma bailarina esquizofrênica. Não pode ser séria a consciência que dança como um urso domesticado, conforme o pandeiro que, a cada momento, tocam as eventuais conveniências e os arranjos interesseiros.
Deste modo, sendo tudo relativo, chega-se a aberrações como as que o nosso século vem contemplando: hoje o racismo é um mal abominável — e é mesmo, aos olhos de Deus —, mas já foi julgado um bem gloriosíssimo em vários países, em pleno século XX (veja-se o Terceiro Reich, a África do Sul e parte sensível da população da América do Norte); hoje, matar crianças não-nascidas e acabar com velhos e doentes incômodos (eutanásia) é considerado um bem, um avanço das sociedades “progressistas”, mas, durante milênios, foi julgado um assassinato covarde e vil. Se Deus não existe, tudo fica no ar, tudo é relativo: vale qualquer coisa, ou seja, impera o caos. No epicentro do caos, que espécie de consciência terá a possibilidade de julgar?
Pensando nisto, talvez Riobaldo, o jagunço protagonista de Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa, tenha tanta razão como Ivã Karamazov. O nosso sertanejo diz, a certa altura: “Se não tem Deus, então, a gente não tem licença de coisa nenhuma”. Sábio Riobaldo! Sim. O que se pode fazer, se nada tem sentido, se nada tem valor, se nada vale nada, se nada leva a nada? Assim não se pode viver.

Ciência ou conto de fadas?

No meio desta barafunda, o curioso é que o descrente, depois de ter minado as bases da moral, não se resigna a viver sem moral. Gosta de falar da sua “consciência” e da sua “moralidade”; adora ser considerado “honesto”, “correto”, “cumpridor do dever” e “ilibado”. Indigna-se de ser chamado corrupto. Como conseguir isso “nas areias movediças de um relativismo total”, onde “tudo é convencional, tudo é negociável”? (João Paulo II: Encíclica Evangelium vitæ, n. 20).
A solução, para o materialista ateu ou agnóstico— ou para o seu equivalente, o cristão sem fé nem convicções — é relativamente simples. Ou, por outra, as soluções são simples, porque, no mínimo, são duas.
A primeira consiste em tergiversar, em esvaziar de sentido e de conteúdo os valores morais autênticos (os que o crente vê contidos na lei de Deus: a justiça, o amor, a sinceridade, a fraternidade...) e embutir neles um novo sentido deturpado. A bela palavra, porém, continua a ser mantida e valorizada, pelo seu magnetismo e o seu prestígio moral. “Amor”, por exemplo, que bela palavra! Tem ainda muito prestígio? Então, conserva-se e até se apresenta como sagrada e intocável; mas muda-se-lhe o sentido: emprega-se agora exclusivamente para designar o sexo descomprometido, egoísta e animalizado. A mesma coisa se faz com os “derivados” do amor e, assim, ao adultério chama-se “namoro”; à garota de programa e à prostituta cara “namoradas”; à licenciosidade, “liberdade”. E a palavra “família”, libertada da sua “ridícula” acepção “convencional” (pai, mãe e filhos) passa a aplicar-se a um rancho abagunçado de mulher com o seu “namorado” de turno, mais três ou quatro ex-maridos — os tios —, e vários filhos, que já são incapazes de identificar o seu próprio pai; ou, então, de pares ou “casais” das mais variadas espécies, gêneros e combinações.
O segundo expediente do materialista consiste em fazer moral na base de afirmações gratuitas, autênticos “dogmas de fé” proclamados com o aprumo de quem possui o carisma de infalibilidade.
Temos que agüentar tais afirmações, monotonamente repetidas, por exemplo, na questão do aborto. Com incansável perseverança, um punhado de deputados federais, adeptos de uma ideologia política relativista, laicista e atéia, proclama, com a solenidade de quem define um dogma, que a lei deveria permitir o aborto até aos três meses, ou seis, ou nove meses de gravidez, pois até esse limite de tempo o feto não é ainda ser humano. Novidade? Não, velharia. Mas afirmada e repisada com majestosa empáfia. Caso perguntemos as “razões”, o fundamento racional para esse conceito e essa lei, a resposta será o silêncio, simplesmente um “porque sim”, “porque estamos de acordo em afirmar isso”, uma vez que não há razão nenhuma — filosófica, antropológica, biológica, etc. —, que permita dizer que somos seres humanos noventa dias depois de sermos concebidos e não o somos aos oitenta e nove dias. Por que não noventa e um ou cento e três? Ninguém sabe responder. A moral relativista só é capaz de “convenções” — “é assim porque convencionamos que assim fosse”— , nunca de “convicções” e, menos ainda, de “verdades”. À falta de verdade racional, precisa de inventar o dogma laicista, a “fé irracional”.
Isto é o que faz o descrente e os seus congêneres. Pratica constantemente o que ele acusa os cristãos de fazer: — “Vocês querem impor crenças, convicções de sua fé à legislação de um país laico, não-confessional. Isto é intolerável!”.
Ora, o que se dá no caso do aborto — e em muitos outros — é exatamente o contrário. Os abortistas descrentes querem impor-nos um ato de fé, muito mais violento que os que eles dizem que a Inquisição requeria: “Creio que só somos homens a partir do terceiro, sexto, sétimo ou nono mês, creio sem prova nenhuma, sem ciência nenhuma, sem razão nenhuma”. Pelo contrário, os que acreditam em Deus são os que, neste caso, em vez de invocarem a fé, apelam apenas para a razão e para a ciência. Porque, cientificamente, está mais do que provado que, desde o primeiro momento da concepção, já existe um ser humano pleno e em marcha, em desenvolvimento, exatamente o mesmo ser humano — geneticamente, biologicamente — que será aos cinco anos, ou aos quinze, ou aos sessenta. Um dos maiores geneticistas modernos, o professor francês Jerôme Lejeune, descobridor da etiologia da síndrome de Down, foi convidado certa vez como perito por um tribunal americano que julgava um crime de aborto: as razões científicas que apresentou em favor do caráter humano do feto foram de tal ordem que reduziu ao silêncio os que as contraditavam. Como vemos, quando os crentes combatem o aborto, estão sendo racionais, e, quando os ateus o defendem, estão fazendo e pretendendo impor — mais uma vez — um incrível ato de fé.

Saindo para a luz

Mas saber que Deus existe, poder olhar o mundo e a vida a partir dessa certeza, é como sairmos à luz do dia, após termos vagueado, errantes, por um labirinto de sombras que jamais conduzirá à parte nenhuma.
Luz solar para a vida é, com efeito, contemplarmo-nos a nós mesmos como aquilo que realmente somos: obra de Deus, feitura de Deus, seus filhos.
Deus criador, certamente, não fez o mundo de maneira impensada, como que por um descuido; seria absurdo só imaginar isso. Deus criou o mundo e, dentro dele, o homem, agindo como quem é: a suma Sabedoria, o supremo Amor.
Isto significa, para já, que o homem não só não é fruto do acaso, como é o fruto de um pensamento e de um querer divinos. Para expressá-lo com a nossa linguagem comum: o homem — como, de resto, toda a criação — é um projeto idealizado por Deus. Desde sempre, esteve na mente de Deus o modelo ideal do ser humano e, ao mesmo tempo, a idéia exata daquilo que é a verdade e o bem do homem, daquilo que o pode levar à plenitude e à felicidade. Essa idéia do bem do homem, concebida pela Sabedoria de Deus, é precisamente a lei moral, que a teologia cristã chama lei eterna (porque existe eternamente em Deus e é válida eternamente, para todos os seres humanos).
Santo Tomás, concisamente, resume a questão dizendo que a lei eterna — norma moral suprema para a consciência do homem — é “a razão da divina Sabedoria que conduz tudo ao devido fim” (Suma Teológica, I-II, quest. 93, art. 1). O que equivale a dizer: a Sabedoria divina “sabe”; a Sabedoria divina conhece a razão por que isto e não aquilo é um bem para o homem. Em suma, só Deus conhece perfeitamente o que o homem é e aquilo que o conduz à sua realização.
Essa idéia, esse plano sobre o homem, Deus o descortina nos mandamentos da sua lei: fundamentalmente, nos Dez Mandamentos. É exatamente isso que a Encíclica Veritatis splendor de João Paulo II recorda com limpidez: “Deus, que é o único bom (cf. Mt 19,17), conhece perfeitamente o que é bom para o homem, e, devido ao seu mesmo amor, o propõe nos mandamentos” (n. 35).
Nesta última frase aparece uma expressão interessante: “propõe”. Isto quer dizer que os mandamentos “mandam”, certamente, mas não nos são “impostos” à força por Deus. O ser humano foi criado livre; não é pura matéria, cegamente submetida a umas leis físicas às quais não se pode subtrair. Dotado por Deus de uma alma espiritual e imortal — imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26) —, o homem é chamado a atingir o seu fim de modo consciente e voluntário, livremente. E é a sua consciência que, conhecendo a lei que lhe propõe o bem, deve julgar se — em conformidade com essa lei — as suas escolhas e as suas ações estão certas ou erradas.
“Na intimidade da consciência — lê-se na Constituição Gaudium et spes do Concílio Vaticano II —, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e a fazer o bem e evitar o mal, no momento oportuno a voz dessa lei soa-lhe nos ouvidos do coração: faze isto, evita aquilo [...]. Obedecer a ela é a própria dignidade do homem, que será julgado de acordo com essa lei” (n. 16).
Já desde os primórdios do Cristianismo, o ensinamento moral apresentava a decisão livre de obedecer “à voz dessa lei” como absolutamente determinante do significado e do bom termo da existência. A Didaqué ou Doutrina dos doze Apóstolos, um escrito cristão do século I, começa assim: “Há dois caminhos: um da vida e outro da morte. A diferença entre ambos é grande”. O caminho da vida — explica — consiste em amar a Deus e o próximo e observar todos os outros mandamentos. Pelo contrário, quem despreza os mandamentos e se entrega às paixões, hipocrisias, orgulho, adultério, rapinagens, etc., esse envereda pelo caminho da morte. “Filho, fica longe de tudo isso”, exorta o autor anônimo desse antiquíssimo escrito (itens I e II).
Se o homem observar, com fé e amor, a santa lei de Deus, andará na verdade (Jo 3,4) e viverá (Lc 10,28). Se optar pela falsa lei do egoísmo e da conveniência, perderá a vida (Mt 16,25-26).

O “não” positivo que permite dizer “sim”

Não sei se reparou, mas cada proibição da lei de Deus, quando bem entendida, é o não imprescindível para poder dizer um sim amoroso e feliz. Se Deus nos proíbe que odiemos, e nos manda dizer não ao ódio, é para que possamos dizer um sim total ao amor, para que fiquemos liberados para o amor sem fim. Se Deus nos diz: “Não pecarás contra a castidade”, “Não cometerás adultério”, é para que, dizendo não ao sexo egoísta, possamos dizer sim ao amor profundo e fiel, vivido com a alma e com o corpo, dentro do matrimônio santo, generoso e fecundo. Dizer não à devassidão e à impureza é “afirmar jubilosamente” — como dizia São Josemaria Escrivá — que a castidade é própria de enamorados que sabem entregar-se e aprendem a dar-se, iluminando o mundo com o seu “dom” sorridente...
Este é um dos preciosos ensinamentos da Encíclica Evangelium vitæ de João Paulo II, que assenta a defesa da vida — contra os crimes do aborto e da eutanásia — sobre as bases firmes do preceito negativo: “Não matarás”. Vale a pena transcrever alguns trechos:
“Os mandamentos de Deus ensinam-nos o caminho da vida. Os preceitos morais negativos, isto é, aqueles que declaram moralmente inaceitável a escolha de determinada ação, têm um valor absoluto para a liberdade humana: valem sempre e em todas as circunstâncias sem exceção. Indicam que a escolha de determinado comportamento é radicalmente incompatível com o amor de Deus e com a dignidade da pessoa humana, criada à sua imagem […].
“Já neste sentido, os preceitos morais negativos têm uma função positiva importantíssima: o «não» que exigem incondicionalmente aponta o limite intransponível abaixo do qual o homem livre não pode descer, e simultaneamente indica o mínimo que ele deve respeitar e do qual deve partir para pronunciar inumeráveis «sins», capazes de cobrir progressivamente todo o horizonte do bem, em cada um dos seus âmbitos” (n. 75).
Este é o magnífico panorama que a lei divina desvenda à consciência moral. Estando, como estamos, tão propensos a saltar fora do caminho, a afundar no egoísmo, a errar e perder-nos, é natural que o fato de descobrir essas verdades nos mova a elevar a Deus um cântico de agradecimento por ter inscrito nos nossos corações, e ter-nos ensinado tão claramente, pela Revelação divina, o caminho santo da lei: Quanto amo, Senhor, a vossa lei; durante o dia todo eu a medito...; os vossos mandamentos são a verdade; a vossa palavra é um facho que ilumina os meus passos, é uma luz no meu caminho; correrei pelo caminho dos vossos mandamentos, porque sois Vós que dilatais o meu coração (Sl 119,32.97.105.151).

(Adaptação de um texto do livro de F. Faus: A voz da consciência)

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FAUS, PADRE FRANCISCO. Apostolado Veritatis Splendor: A FABULOSA FÉ DOS ATEUS. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5680. Desde 13/05/2009.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

SANTA OUSADIA!

Por Thiago Nunes, SDB*

Todo discernimento verdadeiro é ousado, mas o que conta é a passividade ativa, a reposta livre e generosa à gratuidade do dom de Deus. Seguir o caminho do Espírito sendo tão pecadores e tão feridos, tão fracos e cheios de limites... é uma grande ousadia! Ser ousado, nesse caso, não é nenhuma bravata, mas aceitar o sentir-se chamado para algo a que ninguém pode chamar a si mesmo. É uma ousadia encontrar-se, apesar das nossas fraquezas e pecados, praticando as obras de misericórdia, agindo à feição de Jesus. Isso sim é ousadia!
Ousadia é não sentir a vertigem produzida pelas faltas e mesquinharias pessoais; é prescindir da avaliação das qualidades ou atitudes morais – que virá por acréscimo. A ousadia é não se fixar no barco que se tem: se, é grande, forte, bem feito, bonito, cômodo. De nossa parte, temos de garantir que não entre água... O resto não conta; o que interessa é chegar ao porto – aí está a ousadia! Ocorre com a vida espiritual o mesmo que se passa com um barco a vela em que só se considera o deixar-se impelir pelo vento para chegar ao destino. Deve-se fazer um esforço para prescindir do balanço de qualificações e para se estar prontos para verificar a direção correta e, depois, alegrar-se ao ver as velas retesadas e o barco avançando. Eis a ousadia de deixar-se levar!
Também é uma ousadia penetrar na vida do Espírito e desejar ser testemunhas da ação de Jesus, muitas vezes sem ter os sinais de Jesus na vida, sem que exista total congruência na própria existência. Talvez seja melhor não ter as forças – as virtudes – do Senhor. Ao contrário do que diz o aforismo filosófico, na vida espiritual dá-se o que não se tem. Somente ao comunicarmos o que não possuímos – grande paradoxo – é que o podemos obter, graças ao reflexo que recebemos da pessoa a quem outorgamos a força do Senhor. Isso não segue a lógica humana. Contudo, a experiência confirma o seu acerto quando, muitas vezes, estando numa grande desolação, comunicamos, para nosso assombro, paz e essa quietude a quem delas necessita. E, precisamente ao transmitirmos esse dinamismo (que não possuímos) recebemos essa paz e essa quietude refletidas naquele a quem socorremos. Recebe-se então a consolação. Mais do que isso, é assim que, muitas vezes, Ele nos brinda com a sua presença e acompanhamento. Animar-se com tudo isso é uma grande ousadia!
O esforço é pôr-se a caminho. Chegou o momento de soltar as amarras e começar a navegar. Não devemos temer o fazer-se ao mar. Temos de começar a distinguir com nitidez o que é andar à mercê das ondas e deixar-se levar pelos ventos favoráveis. Mas, naturalmente, temos de levar âncoras e ficar como disse Machado: "com pouco equipamento estando quase desnudos como filhos do mar". Assim, seguimos o Espírito sem nos adiantarmos a ele; experimentamos ser conduzidos com suavidade para onde não sabíamos; percorremos o caminho com sábia ignorância dos que querem pôr humildemente o coração em Cristo. Isso é sinal de uma santa ousadia!


Fonte: Nordeste Hoje - Ano X - Nº 26 -- 07 de agosto de 2009
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* Estudante de Teologia - Lapa/SP

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pais não impeçam a vocação de seus filhos

Sexta-Feira, 05 de junho 2009


Sou muito grato a Deus! Apesar de ser tão pequeno, de ter tão poucas qualidades, quanta coisa consegui fazer com a graça de Deus! Mas, por que consegui? Sou especial? Não! Somente porque tomei o caminho que o Senhor traçou para a minha vida.Quanto mais você vive sua vocação e se dedica a ela, mais Deus Pai o vai abençoando. É assim que as coisas vão se encaixando quando se está no caminho da vocação. No entanto, tudo isso se faz com dor, com sofrimento, com suor, com perseverança, com lágrimas e sangue; mas também com resultados, com eficácia. Eu não sou a exceção, sou a regra e a regra é para todos. Você nem pode pensar em querer realizar a minha vocação, nem eu posso querer viver a sua e realizar aquilo que você realiza. Isso não daria certo. Não é querer fazer o que outro faz: Deus, de antemão, já planejou tudo. Veja que Pedro e André largaram o barco, o trabalho, suas redes; largaram tudo e seguiram Jesus. Tiago e João, que estavam trabalhando com o pai, também deixaram tudo: o chamado de Cristo foi muito forte. Deixaram o pai, largaram suas redes e seguiram o Senhor, sem vacilar. É o assumir a vocação! Com você se dá o mesmo! Deus já o criou em vista das boas obras que preparou de antemão para você. Nem pense que existem vocações maiores e menores. Quem é maior: Dom Bosco ou a mãe dele, Margarida? É dificil dizer. O grande santo italiano já é canonizado, a mãe dele ainda não. Mas eu não duvido nada que ela tenha sido tão ou mais santa do que ele. O filho se projetou e a mãe não, simplesmente porque ela ficou num lugarejo da antiga Itália o ajudando, dando-lhe suporte. Jesus disse a Pedro, André, Tiago e João: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”. Quando assumimos nossa vocação, todos nos tornamos como esses grandes homens de Deus! Por essa razão, digo aos pais: por amor de Deus, não impeçam a vocação dos seus filhos! Quantos pais querem estabelecer o caminho para os filhos! Querem que o filho seja isso ou aquilo, que tenha tal profissão, vá para aquela faculdade, se case com fulano e que tenha certas garantias... Agindo assim, os genitores, muitas vezes, levam os filhos à infelicidade de viverem para a realização de seus [pais] próprios planos. Se você agiu assim [fazendo a vontade dos pais e não a sua, ou a sua própria vontade sem discernir se era vontade divina], reze, pois Deus também tem um “plano estepe” para colocar em ação. Ele pode refazer até mesmo o que você acabou estragando. Peça essa graça ao Senhor! Nosso Deus é o Deus do impossível!


Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Venezuela: Hugo Chávez nega vistos a Bispos que iam a Roma encontrar o Papa

02.06.2009 - Reproduzo notícia que - até onde eu saiba - não saiu na mídia brasileira: o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou o visto a doze bispos que iam se encontrar com o Papa na visita ad limina:
02/06/2009 O ditador mais famoso da América Hispânica, Hugo Chávez, que tem nas mãos o destino de mais de 30 milhões de pessoas há quase 10 anos, alcançou de novo a imprensa internacional por sua negação de conceder o visto a 12 bispos que iam encontrar-se com o Papa Bento XVI por ocasião de sua visita ad limina. Os esforços do Núncio de Sua Santidade na Venezuela foram em vão, já que a petição dirigida ao Vice-Ministro do Interior do país foi completamente ignorada pelas autoridades do regime bolivariano revolucionário comunista.
SETOR CATÓLICO une-se às petições internacionais enviadas a Caracas nestes dias, para que o ditador recobre o juízo e permita a estes prelados da Igreja exercerem seu ministério com plenas garantias; e [para que] respeite, de uma vez por todas, a liberdade religiosa do seu povo e da Igreja, cujo dever máximo é o de anunciar o Evangelho a todos os povos e nações. E, de quebra, fazemos também a ele um pedido: que abandone o poder e vá para sua casa.
Entendam bem o que está acontecendo: a visita ad limina Apostolorum é uma obrigação dos bispos católicos de, a cada cinco anos, visitarem o Papa e prestarem contas de suas Dioceses. O fato, portanto, é que Hugo Chávez está pondo empecilhos ao encontro de bispos católicos com o Papa!
Radio Cristiandad fala que Chávez negou “el pasaporte necesario para que salgan del país”. O Periodista Digital fala que, a estes doze bispos, “el Gobierno no les ha otorgado/renovado/prolongado su pasaporte”. E depois há os que dizem que estamos exagerando quando falamos em perseguição religiosa na Venezuela! Que Deus tenha piedade desta Terra de Santa Cruz e não permita que sigamos os passos do ditador venezuelano. E que a Virgem Santíssima interceda pela Igreja na ditadura chavista.
Fonte: http://www.deuslovult.org/———————————————————————————————————————Lembrando…
O abuso de substituir a imagem da Virgem de Coromoto por um busto de Che Guevara.
31.07.2007 - A notícia a seguir é de extrema importância embora bem curtinha. Está dito na Carta de São Paulo aos tessalonicenses que o anticristo se levantaria contra tudo aquilo que é divino e sagrado, ao ponto de se colocar no lugar de lugar de Deus e se apresentar como se fosse um Deus. Vejam primeiro a notícia que acabei de receber e traduzir e ao final comento.
Diário das Américas, segunda feira, dia 09 de julho de 2007.
O abuso de substituir a imagem da Virgem de Coromoto por um busto de Che Guevara.
Em mais um desafio à sensibilidade democrática e ao espírito do povo venezuelano o seu governante o Tenente Coronel Hugo Chaves Frias decidiu que a partir de 05 de agosto, quando o governo assume a responsabilidade de administrar o Hospital de Maracaibo, se trocará o nome de: Virgem de Coromoto pelo do guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara, que fuzilou centenas de cubanos em Havana. Como se sabe, Che Guevara foi um fator fundamental para a instalação da feroz tirania marxista-leninista de Fidel Castro.
Não somente se trocará o nome do Hospital, como ainda mais grave, será retirada a imagem da Virgem de Coromoto da entrada deste centro de saúde, sendo colocado em seu lugar um busto do guerrilheiro Che Guevara. Este busto bem que poderia estar colocado em um local onde se fomenta o terrorismo e a doutrina totalitária do marxismo-leninismo, porém nunca num hospital, e muito menos posto ali para substituir a imagem da Virgem. (fim)
=================================================OBS: Como já mostramos, em milhares de locais se busca erradicar o que é santo e sagrado, para ou deixar sem nada, ou para substituir por motivos ateus e pagãos. Tal como, solerte e bandidamente eles tiram as imagens de culto das Igrejas sob o falso argumento de não desagradar às seitas, também criam artifícios legais para tirar das pessoas os objetos que a identificam com seu culto.
Desta forma, começam a proibir tantos os crucifixos nas pessoas, como nas escolas, e até mesmo os véus – xador – das muçulmanas passa a ser motivo de ofensa pública grave. O sentido, porém, não é atingir os maometanos e sim aos sinais católicos, estes os únicos que afugentam o diabo.
O interessante é que penalizam um católico por usar uma cruz, mas não se levantam contra um jovem que imprime em seu corpo, múltiplas e horrendas figuras de demônios. Por qual motivo estes podem e os outros não? Tudo isso nos mostra “quem” está por trás destas manobras.
O comportamento do tirano Chaves então, nos mostra apenas que ele é um servo fiel do anticristo e com este ato cumpre parte de seu pacto de lealdade com ele. Não resta dúvida, porém, que isso terá em breve uma resposta do Céu, que certamente se irá retirar daquele local, tão logo façam a troca.
E dou um exemplo de que, sim, Deus leva isso em conta. Tivemos o caso de uma cidade que se chamava originalmente “Nossa Senhora de Aparecida”. Então os ricos da cidade, um pai e dois de seus filhos, conseguiram por manobras malignas mudar o nome para o de um guerrilheiro nacional.
Vejam, quando uma cidade tem o nome de um santo, de uma santa ou de Nossa Senhora, cada vez que um habitante menciona este nome, recebe uma graça, mesmo que seja protestante, mesmo que seja ateu e atoa. A graça vem pela simples pronuncia deste nome santo. Imaginem uma cidade com muitos mil habitantes, e pensem nisso através dos anos, das décadas, dos séculos. Torna-se uma conta de graças assombrosa, ai de quem opor barreiras a ela.
E não pensem que o demônio não tentará fazer isso: eliminar todos os nomes de santos, de rua, praças, igrejas, cidades, clubes e mil outros agraciados com esta
bênção. Vejam que ele quer começar esta devassa, eliminando de Israel todos os vestígios da passagem de Cristo… Quanta ousadia!
Em verdade, Deus não lhes dará tempo para isso, mas se deixasse podem crer que em pouco tempo nós seríamos forçados a denominar cidades por Lúcifer, por Belzebu e Belial. A terra inteira viraria um pasto de Asmodeu, um pântano de Satanás.
Bem, o Chaves vai no caminho da ruína! Vamos ver o que lhe acontece com o hospital! Afinal, tiram de lá a proteção da Virgem Santa e o colocam sobre os influxos maléficos de satã.


Fonte: www.recados.aarao.nom.br

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Arcebispo Silvano Tomasi explica razões por que Santa Sé não apoiou Resolução da ONU contra a difamação das religiões

(28/3/2009) Como noticiamos, as Nações Unidas adotaram quinta-feira uma Resolução, que condena todos os atos de violência motivados por diferenças religiosas. O documento foi aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, e recebeu 23 votos a favor, 13 contra e 11 abstenções. A Resolução que tem como tema "a difamação das religiões" foi apresentada pelo Paquistão em nome dos Países da Organização da Conferência Islâmica. Embora exprimindo "profunda preocupação" pela frequente difamação das religiões, o documento cita somente o Islamismo.A Santa Sé não apoiou esta Resolução, por considerar a liberdade de expressão estreitamente ligada à liberdade religiosa. Como explicou à nossa Emissora D. Silvano Maria Tomasi, Observador permanente da Santa Sé na sede de Genebra da ONU, “se se começa a abrir a porta a um conceito de difamação que se aplica às ideias, acaba por ser o Estado a decidir quando uma religião é difamada ou não, pondo em causa o exercício da liberdade religiosa”. “Por exemplo, o reconhecimento jurídico do conceito abstrato de difamação da religião pode ser utilizado para justificar as leis contra a blasfêmia, que, como sabemos, em alguns países são utilizadas para atacar, inclusive de modo violento, minorias religiosas, nomeadamente os cristãos. O desafio é encontrar um são equilíbrio que una a liberdade ao respeito pelos sentimentos dos outros. Para tal, há que aceitar os princípios fundamentais da liberdade, inscritos nos tratados internacionais."“Atualmente – advertiu D. Silvano Tomani – são os cristãos o grupo religioso mais discriminado. Há uns 200 milhões de cristãos, de diversas confissões, que se encontram em situações de dificuldade, em razão de estruturas legais ou culturas públicas que levam, de algum modo, a certa discriminação contra os cristãos. Existem situações particulares que levam a uma certa marginalização daqueles que realmente acreditam e vivem a sua fé cristã. Existem posicionamentos – até mesmo declarações públicas de parlamentares – que atacam esse ou aquele aspecto da fé cristã, e isso tende a colocar os cristãos à margem da sociedade e a excluir a contribuição de seus valores à sociedade.

FONTE: www.radiovaticana.org/por/Articolo.asp?c=275973