quinta-feira, 16 de abril de 2009

Arcebispo Silvano Tomasi explica razões por que Santa Sé não apoiou Resolução da ONU contra a difamação das religiões

(28/3/2009) Como noticiamos, as Nações Unidas adotaram quinta-feira uma Resolução, que condena todos os atos de violência motivados por diferenças religiosas. O documento foi aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, e recebeu 23 votos a favor, 13 contra e 11 abstenções. A Resolução que tem como tema "a difamação das religiões" foi apresentada pelo Paquistão em nome dos Países da Organização da Conferência Islâmica. Embora exprimindo "profunda preocupação" pela frequente difamação das religiões, o documento cita somente o Islamismo.A Santa Sé não apoiou esta Resolução, por considerar a liberdade de expressão estreitamente ligada à liberdade religiosa. Como explicou à nossa Emissora D. Silvano Maria Tomasi, Observador permanente da Santa Sé na sede de Genebra da ONU, “se se começa a abrir a porta a um conceito de difamação que se aplica às ideias, acaba por ser o Estado a decidir quando uma religião é difamada ou não, pondo em causa o exercício da liberdade religiosa”. “Por exemplo, o reconhecimento jurídico do conceito abstrato de difamação da religião pode ser utilizado para justificar as leis contra a blasfêmia, que, como sabemos, em alguns países são utilizadas para atacar, inclusive de modo violento, minorias religiosas, nomeadamente os cristãos. O desafio é encontrar um são equilíbrio que una a liberdade ao respeito pelos sentimentos dos outros. Para tal, há que aceitar os princípios fundamentais da liberdade, inscritos nos tratados internacionais."“Atualmente – advertiu D. Silvano Tomani – são os cristãos o grupo religioso mais discriminado. Há uns 200 milhões de cristãos, de diversas confissões, que se encontram em situações de dificuldade, em razão de estruturas legais ou culturas públicas que levam, de algum modo, a certa discriminação contra os cristãos. Existem situações particulares que levam a uma certa marginalização daqueles que realmente acreditam e vivem a sua fé cristã. Existem posicionamentos – até mesmo declarações públicas de parlamentares – que atacam esse ou aquele aspecto da fé cristã, e isso tende a colocar os cristãos à margem da sociedade e a excluir a contribuição de seus valores à sociedade.

FONTE: www.radiovaticana.org/por/Articolo.asp?c=275973

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Como ser um católico bem formado?


Por *Prof. Felipe Aquino (felipeaquino@cancaonova.com)


Quanto mais conhecemos a Igreja, mais a amamos

O autor da Carta aos Hebreus escreveu: “Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal” (Hb 5, 13-14). Sem esse “alimento sólido”, que a Igreja chama de “fidei depositum” (o depósito da fé), ninguém poderá ser verdadeiramente católico e autêntico seguidor de Jesus Cristo.
Não há dúvida de que a maior necessidade do povo católico hoje é a formação na doutrina. Por não a conhecer bem, esse mesmo povo, muitas vezes, vive sua
espiritualidade, mas acaba procedendo como não católico, aceitando e vivendo, por vezes, de maneira diferente do que a Igreja ensina, especialmente na moral. E o pior de tudo é que se deixa enganar pelas seitas, igrejinhas e superstições.
Em sua recente viagem à África, que começou em 17 de maio de 2009, o Papa Bento XVI deixou claro que a formação é o antídoto para as seitas e para o relativismo religioso e moral. Em Yaoundé, em Camarões, o Sumo Pontífice disse que “a expansão das seitas e a difusão do relativismo – ideologia segundo a qual não há verdades absolutas –, tem um mesmo antídoto, segundo Bento XVI: a formação”. Afirmando que: «O desenvolvimento das seitas e movimentos esotéricos, assim como a crescente influência de uma religiosidade supersticiosa e do relativismo, são um convite importante a dar um renovado impulso à formação de jovens e adultos, especialmente no âmbito universitário e intelectual». E o Santo Padre pediu «encarecidamente» aos bispos que perseverem em seus esforços por oferecer aos leigos «uma sólida formação cristã, que lhes permita desenvolver plenamente seu papel de animação cristã da ordem temporal (política, cultural, econômica, social), que é compromisso característico da vocação secular do laicado».
Desde o começo da Igreja os Apóstolos se esmeraram na formação do povo. São Paulo, ao escrever a S. Tito e a S. Timóteo, os primeiros bispos que sagrou e colocou em Creta e Éfeso, respectivamente, recomendou todo cuidado com a “sã doutrina”. Veja algumas exortações do Apóstolo dos Gentios; a Tito ele recomenda: seja “firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem” (Tt 1, 9). “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina” (Tt 2,1).
A Timóteo ele recomenda: “Torno a lembrar-te a recomendação que te dei, quando parti para a Macedônia: devias permanecer em Éfeso para impedir que certas pessoas andassem a ensinar doutrinas extravagantes, e a preocupar-se com fábulas e genealogias” (Tm 1, 3-4). E “Recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina que até agora seguiste com exatidão” (1Tm 4,6). São Paulo ensina que Deus “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2, 4).
Sem a verdade não há salvação. E essa verdade foi confiada à Igreja: “Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15). Jesus garantiu aos Apóstolos na Última Ceia que o Espírito Santo “ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13) e “relembrar-vos-á tudo o que lhe ensinei” (Jo 14, 25). Portanto, se o povo não conhecer esta “verdade que salva”, ensinada pela Igreja, não poderá vivê-la. Mas importa que essa mesma verdade não seja falsificada, que seja ensinada como recomenda o Magistério da Igreja, que recebeu de Cristo a infalibilidade para ensinar as verdades da fé (cf. Catecismo da Igreja Católica § 981).
Já no primeiro século do Cristianismo os Apóstolos tiveram que combater as heresias, de modo especial o gnosticismo dualista; e isso foi feito com muita formação. São Paulo lembra a Timóteo que: “O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores [...]” (1Tm 4,1-2).
A Igreja, em todos os tempos, se preocupou com a formação do povo. Os grandes bispos e padres da Igreja como S. Agostinho, S. Ambrósio, S. Atanásio, S. Irineu, e tantos outros gigantes dos primeiros séculos, eram os catequistas do povo de Deus. Suas cartas, sermões e homilias deixam claro o quanto trabalharam na formação dos fiéis.
Hoje, o melhor roteiro que Deus nos oferece para uma boa formação é o Catecismo da Igreja Católica, aprovado em 1992 pelo saudoso Papa João Paulo II. Em sua apresentação, na Constituição Apostólica “Fidei Depositum”, ele declarou:
“ O Catecismo da Igreja Católica [...] é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé”. E pede: “Peço, portanto, aos Pastores da Igreja e aos fiéis que acolham este Catecismo em espírito de comunhão e que o usem assiduamente ao cumprirem a sua missão de anunciar a fé e de apelar para a vida evangélica. Este Catecismo lhes é dado a fim de que sirva como texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina católica […]. O "Catecismo da Igreja Católica", por fim, é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão da nossa esperança (cf. lPd 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê”.
Essas palavras do Papa João Paulo II mostram a importância do Catecismo para a formação do povo católico. Sem isso, esse povo continuará sendo vítima das seitas, enganado por falsos pastores e por falsas doutrinas.
Mais do que nunca a Igreja confia hoje nos leigos, abre-lhes cada vez mais a porta para evangelizar; então, precisamos fazer isso com seriedade e responsabilidade. Ninguém pode ensinar aquilo que quer, o que “acha certo”; não, somos obrigados a ensinar o que ensina a Igreja, pois só ela recebeu de Deus o carisma da infalibilidade. Ninguém é catequista e missionário por própria conta, mas é um enviado da Igreja. Sem a fidelidade a ela, tudo pode ser perdido. Portanto, é preciso estar preparado, estudar, conhecer a Igreja, a doutrina, a sua História, o Catecismo, os documentos importantes, a liturgia, entre outros. Quanto mais conhecemos a Igreja e todo o tesouro que ela traz em seu coração, tanto mais a amamos.



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Prof. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Conheça mais em www.cleofas.com.br

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A Santa Missa lhe dá tédio?






Por Padre Anderson Marçal

Prepare-se, pois se encontrará com o Senhor

1. De casa para a Santa Missa, “prepare o seu coração”, pois você se encontrará com o seu Senhor, com uma pergunta: “Pelo que me mostrarei agradecido a Deus? Que levo nas mãos para oferecer-Lhe hoje?”
2. Seja pontual e fique num lugar próximo ao altar, para não se dispersar.
3. Participe de toda a liturgia, cantos, posições do corpo, como o sentar ou ajoelhar-se.
4. Preste atenção às leituras e à pregação do padre. O Salmo é a sua resposta a Deus, por isso cante respondendo ao refrão [do Salmo].
5. Depois de comungar faça um momento de oração, uma ação de graças a Deus por se doar a você mais uma vez.
6. Por fim, marque um pequeno compromisso com Jesus para a semana que vem.
Saiba como se encontrar com o seu Senhor.
Seis razões para ir à Santa Missa
1. Você conhece algum cristão sério que não vá à Missa?
2. A Celebração Eucarística não é uma invenção da Igreja ou dos homens, mas do próprio Jesus, por isso não podemos mudar o que Ele nos deixou.
3. Ir à Missa é encontrar-se com Cristo e constitui um encontro de Seus seguidores entre si.
4. A Missa é um momento privilegiado para escutar a Palavra de Deus.
5. Eucaristia quer dizer “ação de graças”. Você não tem nada para agradecer a Deus?
6. Por fim, a Eucaristia nos alimenta e fortalece.
Não perca tempo! Vá se encontrar com o seu Senhor!


Fonte: www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11388